sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Dislexia - Marina da Silveira Rodrigues Almeida

Logotipo do Planeta Educação


Definições:

DIS – distúrbio
LEXIA - (do latim) leitura; (do grego) linguagem
DISLEXIA - dificuldades na leitura e escrita
A definição mais usada na atualidade é a do Comitê de Abril de 1994,
da International Dyslexia Association - IDA, que diz:
"Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação a idade. Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídas problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar."
A dislexia não é uma doença, portanto não podemos falar em cura. Ela é congênita e hereditária, e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.
Os sintomas, ainda, podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso. Não podemos considerar como "comprometimento" sua origem constitucional (neurológica), mas sim como uma diferença, que é mais notada em relação à dominância cerebral.
"A DISLEXIA é uma dificuldade de aprendizagem na qual a capacidade de uma criança para ler ou escrever está abaixo de seu nível de inteligência."

"A DISLEXIA é uma função, um problema, um transtorno, uma deficiência, um distúrbio. Refere a uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem."

"A DISLEXIA é um transtorno, uma perturbação, uma dificuldade estável, isto é duradoura ou parcial e, portanto, temporária, do processo de leitura que se manifesta na insuficiência para assimilar os símbolos gráficos da linguagem.”

"A DISLEXIA não é uma doença, é um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere de forma significativa na integração dos símbolos lingüísticos e perceptivos. Acomete mais o sexo masculino que o feminino, numa proporção de 3 para 1."

 "A DISLEXIA é caracterizada por dificuldades na leitura, escrita (ortografia e semântica), matemática (geometria, cálculo), atraso na aquisição da linguagem, comprometimento da discriminação visual e auditiva e da memória seqüencial.”
Etiologia:
A rigor, não há nenhuma segurança em afirmar uma ou outra etiologia para a causa da dislexia, mas há algumas situações que foram descartadas:
Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual. Segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas, o ser humano possui habilidades cognitivas: inteligência interpessoal, inteligência intrapessoal, inteligência lógica-matemática, inteligência espacial, inteligência corporal-cinestésica, inteligência verbal-linguística, inteligência musical, naturalista, existencial e pictórica. O disléxico teria sua inteligência mais predisposta à inteligência corporal-cinestésica, musical, espacial.
Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem. Pode haver um comprometimento do emocional como conseqüência das dificuldades da dislexia, mas nunca como causa única.
criança dislexia não tem perda auditiva.
Há vários estudos:
A) Uma falha no sistema nervoso central em sua habilidade para organizar os grafemas, isto é, as letras ou decodificar os fonemas, ou seja, as unidades sonoras distintivas no âmbito da palavra.
B) O impedimento cerebral relacionado com a capacidade de visualização das palavras.
C) Diferenças entre os hemisférios e alteração (displasias e ectopias) do lado direito do cérebro. Isso implica, entre outras coisas, uma dominância da lateralidade invertida ou indefinida. Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito.
D) Inadequado processamento auditivo (consciência fonológica) da informação lingüística.
E) Implicações relação afetiva materno-filial, o que pode entravar a necessidade da linguagem, e mais tarde a aprendizagem da leitura e escrita.
Sinais encontrados em Disléxicos:
Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica. Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico, mas vale prestar atenção:
  • Fraco desenvolvimento da atenção.
  • Falta de capacidade para brincar com outras crianças.
  • Atraso no desenvolvimento da fala e escrita.
  • Atraso no desenvolvimento visual.
  • Falta de coordenação motora.
  • Dificuldade em aprender rimas/canções.
  • Falta de interesse em livros impressos.
  • Dificuldade em acompanhar histórias.
  • Dificuldade com a memória imediata organização geral.
Dificuldades encontradas em crianças com Dislexia:
  • Dificuldade para ler orações e palavras simples.
  • A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade evidente nos disléxicos.
  • As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial, por exemplo, “casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras, observando a produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua, outra coisa é, sem intencionalidade, a criança ou adulto trocar a seqüência de grafemas.
  • Invertem as letras ou números, por exemplo: /p/ por /b/, /d/ por/ b /3/ por /5/ ou /8/, /6/ por /9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. Assim, é patente a confusão de letras de simetria oposta.
  • A ortografia é alterada, podendo estar ligada a chamada CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA (alterações no processamento auditivo).
  • Copiam de forma errada as palavras, mesmo observando na lousa ou no livro como são escritas. Em geral, as professoras ficam desesperadas: “como podem - pensam e reclamam - ela está vendo a forma correta e escreve exatamente o contrário?". Ora, o processamento da informação léxica, que é de ordem cerebral, está invertida ou simplesmente deficiente.
  • As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita, mas usam outras palavras, de maneira involuntária. Trocam as palavras quando lêem ou escrevem, por exemplo: “gato” por “casa”.
  • Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita.
  • Alteração na seqüência das letras que formam as sílabas e as palavras.
  • Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Os homônimos, isto é, palavras semelhantes (seção, cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas.
  • Os erros na separação das palavras.
  • Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler. A leitura é sem modulação e sem ritmo. Os disléxicos, às vezes, com muito sacrifício, decodificam as palavras, mas não conseguem ter compreensão.
  • Os disléxicos têm falha na construção gramatical, especialmente na elaboração de orações complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea.
Tipos de Dislexia:
  • DISLEXIA ACÚSTICA: manifesta-se na insuficiência para a diferenciação acústica (sonora ou fonética) dos fonemas e na análise e síntese dos mesmos, ocorrendo omissões, distorções, transposições ou substituições de fonemas. Confundem-se os fonemas por sua semelhança Articulatória.
  • DISLEXIA VISUAL: Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-especial manifestando-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Não temos dúvida que o primeiro procedimento dos pais e educadores é levar a criança a um médico oftalmologista.
  • DISLEXIA MOTRIZ: evidencia-se na dificuldade para o movimento ocular. Há uma nítida limitação do campo visual que provoca retrocessos e principalmente intervalos mudos ao ler.
Lembre-se em observar:
  • Alterações de grafia como "a-o", "e-d", "h-n" e "e-d", por exemplo.
  • As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa, verificando-se irregularidade do desenho das letras, denotando, assim, perda de concentração e de fluidez de raciocínio.
  • As crianças disléxicas, ainda segundo o professor, apresentam confusão com letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço como "b-d". "d-p", "b-q", "d-b", "d-p", "d-q", "n-u" e "a-e". Ocorre também com os números 6;9;1;7;3;5, etc.
  • Apresenta dificuldade em realizar cálculos por se atrapalhar com a grafia numérica ou não compreende a situação problema a ser resolvida.
  • Confusões com os sinais (+) adição e (x) multiplicação.
  • A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q", por exemplo.
  • Na lista de dificuldades dos disléxicos, para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras, chamamos a atenção de educadores, e pais para as inversões de sílabas ou palavras como "sol-los", "som-mos" bem como a adição ou omissão de sons como "casa-casaco", repetição de sílabas, salto de linhas e soletração defeituosa de palavras.
 Alfabetização do Disléxico:

O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente, atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Assim sendo, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos FALAR-OUVIR-LER-ESCREVER, são atividades da linguagem. FALAR E OUVIR são atividades com fundamentos biológicos.
O método mais adequado tem sido o fonético e montagem de ”manuais” de alfabetização apropriada à criança disléxica.
A criança aprende a usar a linguagem falada, mas isto depende do:
  • Meio ambiente compreensivo, estimulador e paciente.
  • Trato vocal.
  • Organização do cérebro.
  • Sensibilidade perceptual para falar os sons.
O sucesso na reeducação de um disléxico está baseado numa terapia multisensorial (aprender pelo uso de todos os sentidos), combinando sempre a visão, a audição e o tato para ajudá-lo a ler e soletrar corretamente as palavras.
Estratégias que ajudam:
Uso freqüente de material concreto:
  • Relógio digital.
  • Calculadora.
  • Gravador.
  • Confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar, montar uma cartilha.
  • Uso de gravuras, fotografias (a imagem é essencial para sua aprendizagem).
  • Material Cusineire / Material Dourado.
  • Folhas quadriculadas para matemática.
  • Máscara para leitura de texto.
  • Letras com várias texturas.
  • Evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe.
  • Ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazê-lo.
  • Suas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do que nas escritas.
  • Sempre que possível, a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória.
  • Revisões devem ser freqüentes e importantes.
  • Copiar do quadro é sempre um problema, tente evitar isso, ou dê-lhe mais tempo para fazê-lo.
  • Demonstre paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo, principalmente quando você estiver ensinando a alunos que possam ser considerados disléxicos.
  • Ensine-a quando for ler palavras longas, a separá-las com uma linha a lápis.
  • Dê-lhes menos dever de casa e avalie a necessidade e aproveitamento desta tarefa.
  • Não risque de vermelho seus erros ou coloque lembretes tipo: estude! Precisa estudar mais! Precisa melhorar!
  • Procure não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a humilha e a faz infeliz.
  • Não a force a modificar sua escrita, ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um processo longo.
  • Procure não reforçar sentimentos que minimizam sua auto-estima.
  • Dê-lhes um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em que a criança não-disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica pode levar duas horas.
  • Usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas escritas.
  • Uma língua estrangeira é muito difícil para eles, faça suas avaliações sempre em termos de trabalhos e pesquisas.
Orientação aos pais:
  • A coisa mais importante a fazer: AJUDAR A MELHORAR A AUTO-ESTIMA. Ofereça segurança, carinho, compreensão e elogie seus pequenos acertos.
  • Procurar ajuda profissional para realizar um diagnóstico correto: fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista ou psicopedagogo.
  • Explique que suas dificuldades têm um nome: DISLEXIA e que você vai ajudá-lo a superá-las, mas que ele é o principal agente desta mudança.
  • Encoraje-o e encontre coisas em que se saia bem, estimulando-o nessas coisas.
  • Elogie por seus esforços, lembre-se como ele tem de esforçar-se muito para ter algum sucesso na leitura e na escrita.
  • Ajude-o nos seus trabalhos escolares, ou, em algumas lições em especial, com paciência (mas não escreva para ele, ou resolva suas tarefas de matemática).
  • Ajude-o a ser organizado.
  • Encoraje-o a ter hobbies e atividades fora da escola, como esportes, música, fotografia, desenhos, etc.
  • Observe se ele está recebendo ajuda na escola, porque isso faz muita diferença na habilidade dele de enfrentar suas dificuldades, de prosperar e de crescer normalmente.
  • Não permita que os problemas escolares impliquem em mau comportamento ou falta de limites. Uma coisa nada tem a ver com a outra!
Marina da Silveira Rodrigues Almeida
Consultora em Educação Inclusiva
Psicóloga e Pedagoga especialista
Instituto Inclusão Brasil
inclusao.brasil@iron.com.br 
Bibliografia
  • Dislexia em questão - j. Ajuriaguerra - Ed. Artes médicas
  • Dislexia-manual de leitura corretiva - MABEL CONDEMARIN - Ed. Artes médicas
  • Associação Brasileira de Dislexia – SP Telefone: (011) 258-7568
  • Associação Nacional de Dislexia – RJ Telefone (021) 529-2461


Fonte : http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1328

Dislexia tem tratamento


O livro recém-lançado João, preste atenção!, de Patrícia Secco, traz a história de um garoto de nove anos que aprende a lidar com a dislexia e se torna bom aluno.
Doença perceptível na alfabetização pode ser contornada; é só prestar bastante atenção!

por Karen Borowski

Seu filho costuma ler devagar, silabadamente, e está abaixo da escolaridade normal? Esses sintomas podem dizer que ele é disléxico. Dislexia não tem nada a ver com incapacidade intelectual.

A dislexia é uma doença comum, que, como outras, podem ser tratadas. Seus primeiros indícios costumam estar relacionados ao atraso de linguagem, à troca de letras na fala e à dificuldade na nomeação. Na pré-escola, as crianças disléxicas costumam apresentar dificuldades em aprender os nomes das letras e das cores e em pronunciar as palavras.

Estudo realizado pela médica Sally Shaywitz, da Universidade de Yale [EUA], mostra que os disléxicos possuem um sistema neural diferente para leitura. Os disléxicos sub-ativam a parte posterior do cérebro e tendem a superativar as áreas frontais. Os não-disléxicos respondem melhor ao estímulo da leitura e ativam mais rapidamente a área posterior.

O IDA [International Dyslexia Association] apresentou a definição mais recente que se usa para tratar da dislexia. Baseada em dados de 2002, a associação conceitua a doença como um distúrbio de aprendizagem que tem origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de reconhecer com precisão ou fluência as palavras e pelo fraco desempenho ortográfico e de decodificação

Essas dificuldades em geral resultam tanto de um déficit inesperado – se comparando as outras capacidades cognitivas – no componente fonológico da linguagem quanto da fala de um ensino eficaz em sala de aula. As conseqüências secundárias podem incluir problemas na compreensão do que se lê e redução da experiência de leitura, o que pode impedir o aumento do vocabulário e do conhecimento em geral.

O fonoaudiólogo é o profissional capacitado para fazer o diagnóstico adequado a partir da suspeita de dislexia. Outros sintomas são: permanência de leitura lenta e silabada ou em nível abaixo do esperado para a escolaridade; medo de ler em voz alta; substituições, omissões e repetições; dificuldade em reconhecer palavras familiares e freqüentes; fazer muitas repetições e interrupções durante a leitura; depender do contexto para a compreensão do que lê; desempenho desproporcionalmente fraco em teste de múltipla escolha e incapacidade de terminar os testes no horário estabelecido.

_depoimentos
"Descobri que tinha dislexia na faculdade. Não fiz tratamento, mas arrumei uma forma de compensação automática. A vida inteira tive dificuldade com algumas palavras. Quando não sabia a grafia, arrumava um sinônimo que sabia escrever ou mudava a frase de forma que não precisasse da palavra. Ainda faço isso hoje com freqüência", conta a estudante de psicologia Lorena Batista Torres, de 21 anos.

A dislexia é hereditária. De 23% a 65% das crianças com pais disléxicos podem desenvolver a desordem, segundo Lewis e Simpson. Uma prova é que o irmão de Lorena, Vinícius Batista Torres, 22, sofre do mesmo problema e, apesar de ser mais velho, foi diagnosticado quando ainda era criança, aos 7 anos, quando estava na primeira série do ensino fundamental.

Seu tratamento incluiu sessões com psicóloga, com psicopedagoga – para ajudar na alfabetização – e estudar em uma escola especializada, onde havia apenas seis alunos por classe. O tratamento durou dois anos e meio. No início, ele lia e soletrava, mas não conseguia escrever o próprio nome corretamente. Apesar da melhora impressionante, ele ainda tem muita dificuldade com a linguagem. Hoje ele ainda erra ortografia e tem problemas com a fala por isso pensa em fazer um tratamento com fonoaudióloga.

Ser um mal aluno acaba desestimulando o estudo por isso muitos portadores da doença acabam abandonando a escola e as ambições profissionais da vida adulta. Para Maria Ester Borlido, diretora da AND [Associação Nacional de Dislexia], se for orientando corretamente, o aluno poderá ser bem-sucedido na escola. Ela alerta: “Para isso é necessário que o professor seja sensível e interessado”. Existem vários sinais que são perceptíveis desde a pré-escola.

Se as escolas, por meio de seus orientadores, passassem essas informações aos professores para que eles encaminhassem a criança com dificuldades ao fonoaudiólogo, muitos casos poderiam ser tratados, diz ela, que trabalha com disléxicos há 29 anos.

"Meu homeopata me ajudou a descobrir que tenho uma mente disléxica e me encaminhou para uma oftalmologista, com quem descobri o que era a doença", diz o engenheiro e economista Alfredo Martins Sobral, de 46 anos. "Isto aconteceu em junho de 2006. A questão é minha desorganização, que reflete nas minhas atividades cotidianas. Vinha fazendo terapia há mais de dois anos. Agora tenho consciência do meu problema e finalmente começo a adquirir habilidades para lidar com a minha própria vida", conta.


_Dicas para combater a dislexia 
Ler histórias compreensíveis para a idade da criança ajuda a enriquecer o vocabulário
Faça da leitura um hábito. Peça para a criança ler textos do seu interesse durante 10 minutos por dia
Brinque com jogos educativos e softwares em família. Eles desenvolvem a leitura, a memória, a atenção e outras áreas importantes do cérebro
Use computador e gravador, principalmente para digitar textos, resumir matérias e gravar aulas
Mostre conceitos abstratos, como água saindo do estado líquido para vapor. Exemplos visuais são mais fáceis de ser compreendidos

FONTE DE PESQUISA:
Postado por DIS.LEXICOS@IBA_SEUS_DIREITOS 

Dislexia



10 Sinais e Características da Dislexia
Muitas crianças têm dificuldade de aprendizagem, neste caso, seria ideal que todas fossem testadas para detectar se elas têm dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta de recursos na maioria das escolas do país. Este caso, é importante que pais e professores fiquem atentos aos sinais de dislexia para que possam ajudar seus filhos e alunos.
O primeiro sinal de provável dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, porém, ter dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais qualificados na área de saúde mental e educacional, examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único transtorno que inibe o aprendizado, mas é o mais comum e pode vir acrescido de TDAH ou outros transtornos.
Existem muitos sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir letras com grande frequência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas, frequentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ao contrário, principalmente no inicio da alfabetização. No maternal, ou na alfabetização crianças disléxicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Do primeiro ao quinto ano, crianças que tem dislexia têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também frequentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma criança tem dislexia. A dislexia é tão comum em meninos quanto em meninas.
Sinais na primeira infância:
Após vários estudos realizados, tanto no Brasil como no exterior, constataram-se possíveis sinais de dislexia na primeira infância, dentre os quais podemos citar:
1 – Atraso perceptível no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 – Atraso relevante na aquisição da fala, desde o balbucio à pronúncia de palavras;
3 – Dificuldade para essa criança entender o que está ouvindo;
4 – Distúrbios do sono;
5 – Enurese noturna;
6 – Suscetibilidade às alergias e às infecções;
7 – A criança tem tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 – Fica inquieta e chora muito ou fica agitada com muita frequência;
9 – Apresenta dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – Tem dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares;


Segundo pesquisas científicas neurobiológicas recentes concluíram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua dificuldade na percepção fonética. Quando este sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldades de aprendizado e a dislexia é, comprovadamente, genética, afirmam especialistas que essa criança pode vir a ser avaliada já a partir de cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa interventivo. Esses programas com profissionais adequados podem trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.

Quando a criança apresenta dificuldade de discriminação fonológica este fator leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, “entendendo tudo o que ouvem”, como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. Esta é a razão porque a pessoa disléxica apresenta dificuldades significativas em leitura, que leva a tornar-se, até, extremamente difícil sua soletração de sílabas e palavras.


Dislexia
É necessário que estes sintomas sejam observados e averiguados para um possível diagnóstico, pois é melhor que este seja feito o quanto antes, para que haja o tratamento adequado no caso de dislexia e estes sintomas não influenciem negativamente na aprendizagem da criança.

Autismo

18 características para identificar o autismo



Para que possamos entender o autismo diremos que é um transtorno global do desenvolvimento que se caracteriza pelo desligamento da realidade exterior, alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação e por um repertório muito restrito de atividades e interesses.
Essa dificuldade está vinculada aos diversos fatores que incidem no desenvolvimento evolutivo do homem e que começam a se manifestar nos momentos iniciais da vida de cada ser humano.
Segundo estudos, aparece nos três primeiros anos de vida e acomete cerca de 20 entre 10.000 nascidos e é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas. As manifestações do transtorno variam bastante, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica da pessoa.

Sintomas

Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir:
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Aparente insensibilidade à dor
5. Preferência pela solidão; modos arredios
6. Rotação de objetos
7. Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
11. Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo)
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Recusa colo ou afagos
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade em expressar necessidades – usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Acessos de raiva – demonstra extrema aflição sem razão aparente
18. Irregular habilidade motora – pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos
Entretanto é relevante salientar que nem todas as crianças com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança. Estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma.
Tratamento
Ainda não há estudos científicos nem exames que comprovem as causas do autismo e os comportamentos para prevenir este transtorno. O que se destaca hoje é o diagnóstico precoce e a intervenção precoce, para que a criança consiga se desenvolver da melhor maneira possível e não tenha muito comprometimento de suas funções pessoais e sociais, uma vez que os sintomas tendem a mudar e até alguns, a desaparecer. Os tratamentos multidisciplinares a que a criança portadora do distúrbio deve se submeter envolve profissionais da área de saúde, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, dentre outros.


Família
Autismo
O tratamento envolve, consequentemente, a família, pois lidar com uma criança autista aflora diversos sentimentos nos familiares. Segundo estudiosos, as famílias da criança que tem autismo precisam tanto de tratamento quanto os as crianças, pois lidar no cotidiano com uma criança com estas características é extremamente desgastante e acaba acarretando um nível de estresse muito alto que pode também prejudicar a criança autista, até mesmo quanto ao seu nível de afetividade e desenvolvimento.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MEU EU SECRETO - Histórias de Crianças Trans*. (Parte 1/3)

“Crianças transgêneras” o que você conhece sobre este assunto, o que a ciência diz sobre ?



ara apoiar o filho de cinco anos que prefere usar vestidos, um pai, morador de uma pequena cidade da Alemanha, passou a usar saias enquanto leva o menino para a escola ou para outras atividades. A história foi divulgada por meio de um relato em primeira pessoa no site da revista alemã Emma.
“Sim, sou desses pais que tentam criar seus filhos com igualdade. Não sou desses ‘pais acadêmicos’, que dizem besteiras nas aulas sobre direitos de gênero e que, quando têm crianças, voltam ao clichê ‘ele se realiza no trabalho, ela se preocupa com o resto’”, escreveu Nils Pickert.
Ele diz que, ainda quando morava na capital Berlim, o filho não fez amigos por querer usar vestidos e saias -situação que piorou quando ele se mudou para a cidadezinha no sul da Alemanha, cujo nome não foi divulgado. ““Em Berlim, as pessoas quase não reagiam ou reagiam positivamente. Na minha pequena cidade, isso é diferente”, disse.
O fato de Pickert vestir saia provocou até situações engraçadas, mas que acabaram ajudando o garoto.  Hoje agradeço àquela mulher que ficou nos encarando na rua até que bateu em um poste. Meu filho se acabou de rir. No dia seguinte, ele pegou outro vestido do armário. E, de novo, no final de semana. E, depois, para ir à escola”, contou.
O pai disse que o menino começou, também, a pintar as unhas. “Ele acha que [o esmalte] fica muito bem nas minhas unhas também. Agora, quando outras crianças querem rir dele, ele sorri e diz: ‘vocês não se atrevem a usar saias nem vestidos porque os pais de vocês também não se atrevem’”, diz.

Quebrando paradigmas

Para Paulo Henrique de Queiroz Nogueira, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e que tem trabalhos acadêmicos focados na diversidade na escola, Pickert está, de certa forma, ajudando a quebrar um paradigma social, um “modelo” estabelecido pela sociedade. Ou seja: o fato de o pai começar a usar saia quebra a expectativa que a sociedade cria em relação a ele -a de usar roupas masculinas. A mesma coisa acontece com o filho.
“A norma de gênero que vai dizer o que é apropriado para homens e mulheres. A criança está contrariando a expectativa social. A princípio, isso não deveria causar nenhum tipo de problema social. Se causa, é porque essa norma tem um poder de persuasão muito intenso”, afirma.
Segundo a professora Valdenízia Peixoto, do departamento de Serviço Social da UnB (Universidade de Brasília), compreender a atitude da criança é o mais importante. A história de Pickert, diz, é totalmente relacionada com a discussão de gênero.
“O que não deve se fazer é reprimir. Deve-se é procurar de onde está vindo aquilo, o porquê de a criança estar tendo aquele tipo de postura. E naturalizar, não repreender e não tratar com violência”, diz.

Suécia

Na Suécia, há uma escola, por exemplo, que usa bonecos assexuados contra as diferenças de gênero. Os professores, por exemplo, são instruídos a não usarem “ele” ou “ela” e se dirige aos alunos como “amigos”. Além disso, o material didático é adaptado para que as crianças não tenham contato com estereótipos de gênero.
Transexualidade na Infancia
Existem certos temas que ainda são considerados tabu. Se para algumas pessoas a homossexualidade ainda é motivo de preconceito, imagine falarmos sobre transexualidade em crianças de 10, 05 ou até mesmo 03 anos de idade!
Eu já sei que esse aqui tende a ser um daqueles posts que vai render uma enxurrada de comentários pros vs contra, mas acredito que esta materia terá o poder de ajudar a muitas famílias, a entender o que para a sociedade é lgo ainda bizarro.
Uma das coisas que acho importante frisar é que, como é dito várias vezes pelas mães, não é incentivar nas crianças a questão da transexualidade, mas tentar entende-las e dar o apoio necessário para que possam se desenvolver com o menor trauma possível.
Ninguém escolhe passar por essa situação (assim como ninguém escolhe ser homossexual), mas quando acontece, há que ser forte para lutar contra o preconceito. Não existe dor maior do que ouvir de alguém uma ofensa por algo que você é. Ser julgado por sua condição é cruel e desnecessário.
Na América do Norte e na Europa o diagnóstico de crianças transgeneres tem aumentado e os pais têm permitido a expressão da criança, embora a decisão seja dividida entre os psicólogos e psiquiatras. Na Holanda, “especialistas” já acompanham a transformação de crianças a partir de 6 anos de idade em transexuais e fazem a cirurgia a partir de 16 anos. Embora boatos tenham dito que há médicos fazendo a cirurgia com 13 e 14 anos, o que levou a um aumento de busca por esse serviço por parte dos pais.
Veja MEU EU SECRETO – Histórias de Crianças Transgêneras 



 



Musical estrelado por crianças com autismo

BRASIL TEM PRIMEIRO MUSICAL ESTRELADO POR CRIANÇAS COM AUTISMO

Publicado em 21 de setembro de 2015

Brasil tem primeiro musical estrelado por crianças com autismo

Fantastico
Inspirada em exemplo dos EUA, musicoterapeuta montou espetáculo. Música ajudou a encurtar a distância entre palco e isolamento.
Formada em musicoterapia, Ana Carolina Steinkopf não se intimidou ao atender um autista. Percebendo a relação especial que as pessoas com autismo têm com a música, Ana Carolina resolveu montar um musical com eles, que ela sabia existir apenas nos Estados Unidos. Até nos casos mais graves, a música ajudou a encurtar a distância imensa entre o palco e o isolamento. Antes impensável, o encontro rendeu uma noite memorável.

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domingo, 13 de setembro de 2015


Saiba mais ... sobre Autismo

O QUE É AUTISMO?


O que é AUTISMO ou TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA?

A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, todos os distúrbios do autismo, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.
TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.
Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.
As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.
Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.
As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática.
Ainda:
  • A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;
  • Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
  • Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
  • É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;
  • Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;
  • A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;
  • Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;


http://autismoerealidade.org/informe-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/

Autsimo

O QUE É AUTISMO?

CONHECENDO UM POUCO




NÃO É FÁCIL SER ESPECIAL.....MAS COM JEITINHO TUDO VAI BEM! 


O Autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito da ciência, divergências e grandes questões por responder.
Há 20 anos, quando surgiu a primeira associação para o Autismo no país, o Autismo era conhecido por um grupo muito pequeno de pessoas, entre elas poucos médicos, alguns profissionais da área de saúde e alguns pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico de Autismo para seus filhos.
Atualmente, embora o Autismo seja bem mais conhecido, tendo inclusive sido tema de vários filmes de sucesso, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência totalmente normal.
O Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginação.
É comum pais relatarem que a criança passou por um período de normalidade anteriormente à manifestação dos sintomas.
Quando as crianças com autismo crescem, desenvolvem sua habilidade social em extensão variada. Alguns permanecem indiferentes, não entendendo muito bem o que se passa na vida social. Elas se comportam como se as outras pessoas não existissem, olham através de você como se você não estivesse lá e não reagem a alguém que fale com elas ou as chame pelo nome.
Freqüentemente suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravas ou agitadas. São indiferentes ou têm medo de seus colegas e usam as pessoas como utensílios para obter alguma coisa que queiram.
Pessoas com esse distúrbio possuem dificuldades qualitativas na comunicação, interação social, e a imaginação (a chamada tríade), e consequentemente apresentam problemas comportamentais.
Muita vezes o simples fato de querer ir ao banheiro e não conseguir comunicar a ninguém pode ocasionar problemas como auto-agressão ou agressão aos outros.
AUTISMO: vivendo em um universo paralelo
Descrito pela primeira vez em 1943, este transtorno de desenvolvimento que atinge uma em cada mil crianças nascidas ainda é cercado por mitos e pouco compreendido, inclusive pelos médicos


POR DANIELA TALAMONI


1. O que significa autismo?
Em 1943, após observar 11 casos clínicos de crianças que não tinham habilidades para se relacionar com outras pessoas e situações, o psiquiatra austríaco Leo Kanner, radicado nos Estados Unidos, chamou a atenção para uma nova síndrome, que nomeou de autismo. Como todos os pacientes avaliados apresentavam tendência ao isolamento, o médico não teve dúvidas em adotar o mesmo termo que era usado para descrever uma manifestação da esquizofrenia - quando o portador se mantinha isolado, dominado por suas vivências delirantes e alucinatórias. Não foi à toa que durante muito tempo os autistas eram tratados como esquizofrênicos. Hoje sabe-se que são problemas distintos. O autismo é um transtorno de desenvolvimento que se manifesta necessariamente nos três primeiros anos de vida, causando desvios na comunicação, interação social e no uso da imaginação. Na prática, os autistas não têm a habilidade de fantasiar e imaginar dos esquizofrênicos. Eles são incapazes de processar as informações e sentimentos de forma integrada e coerente.


2. Quais os sinais típicos do transtorno?
Eles variam bastante, uma vez que há vários graus de autismo, do mais leve ao mais grave. Além disso, cerca de 70% a 80% dos portadores desse transtorno de desenvolvimento também possuem diagnóstico de retardo mental. Em geral, os autistas têm dificuldades de relacionamento interpessoal (o que inclui uma aversão a contatos e manifestações de carinho), atraso significativo ou ausência da linguagem verbal, mímica e gestual (eles podem parecer surdos e apáticos, não respondem a estímulos, não costumam olhar nos olhos dos interlocutores, dificilmente manifestam expressões faciais das emoções), além de comportamentos repetitivos e estereotipados (são rígidos e inflexíveis e uma mudança na rotina pode pertubálos). Finalmente, possuem interesses restritos. Algumas crianças têm fixação em determinados assuntos, como cálculos, música, calendários ou animais pré-históricos, o que pode ser confundido com nível de inteligência superior.


3. O portador não tem sentimentos?
É claro que tem. Mas não consegue entender, nem expressar, a linguagem sofisticada e cheia de sutilezas por trás dos contatos e da troca de emoções entre os seres humanos. Sem conseguir processar as informações afetivas, os autistas vivem em um verdadeiro caos emocional. São como marcianos entre nós e, por isso, tentam se proteger mesmo das manifestações de carinho. É comum bebês autistas não ficarem confortáveis, nem ao menos no colo da mãe, no momento em que são amamentados. Além disso, os portadores do distúrbio freqüentemente se mostram inquietos, agitados e agressivos.


4. O que é síndrome de Asperger?
Pode ser considerado o autismo de melhor prognóstico. Portadores dessa síndrome possuem as mesmas dificuldades de comunicação, interação social e uso da imaginação do autista típico. Porém, não apresentam retardo mental (que é muito comum na maioria dos autistas) nem mesmo nenhum atraso significativo de desenvolvimento de fala ou cognitivo. Por isso, alguns chegam a levar uma vida bastante próxima do normal - sendo considerados pessoas excêntricas. Um exemplo desse diagnóstico mais leve de autismo é o da doutora Temple Grandin, uma professora assistente de ciências animais da Universidade do Colorado (EUA), que é uma das maiores especialistas do mundo no projeto de instalações de criação e abate de gado. Ela escreve artigos, dá aulas, viaja e profere palestras em congressos em todo o mundo.


5. Quais as causas do autismo?
Um dos grandes mitos associados ao autismo até pouco tempo estava relacionado às origens do problema. Até a década de 1970, médicos e cientistas achavam que a culpa pelo transtorno de desenvolvimento na criança era da mãe, provavelmente por sua insensibilidade e rigidez na educação. Hoje, já se sabe que as razões são várias - muitas desconhecidas -, embora a maioria seja genética. Entre os fatores externos que podem desencadear o autismo estão as doenças infecciosas da gravidez, como a rubéola, a sífilis e a toxoplasmose, e as infecções no cérebro, como a meningite. Todos esses fatores provocam alterações nas células cerebrais. As causas, portanto, são biológicas e não emocionais. O autismo atinge uma a cada mil crianças nascidas, sendo a maioria meninos - em uma proporção de quatro portadores do sexo masculino para cada mulher.


6. O autista precisa de tratamento?
Sim. E isso inclui medicamentos específicos, especialmente para acalmá-lo, e técnicas pedagógicas especializadas. Além disso, se for possível mantê-lo junto a outras crianças e em um ambiente familiar saudável, melhor ainda. Outra recomendação é que se comece a intervenção o quanto antes. Quanto mais nova a criança, maior a sua plasticidade neuronal. Os pequenos estão muito mais abertos e sensíveis, respondendo mais prontamente a qualquer estimulação por parte das pessoas e do meio ambiente.


7. Um filho autista será capaz de se comunicar com os pais?
Não há cura para o autismo. Mas, se o tratamento e a atenção forem adequados e constantes, os autistas podem chegar bem próximos de um relacionamento considerado normal - e muitos podem surpreender os familiares e amigos.


Fonte :http://williansamueloautista.blogspot.com.br/p/o-que-e-autismo.html

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Teste: Como saber se o seu filho é hiperativo?



Através do seguinte teste poderá averiguar se o seu filho é hiperativoporque tem uma atividade excessiva ou se apresenta um comportamento próprio para a sua idade.

Test hiperactividad

Teste de Hiperatividade para Crianças

Acha que tem razões para suspeitar que seu filho é hiperativo? Tome o teste de hiperatividade para crianças e tire as dúvidas.


As crianças são muito ativas por natureza, mas em algumas crianças podemos observar que o seu comportamento é demasiado inquieto. São crianças que não costumam prestar atenção nas aulas e inclusivamente causam problemas. Tratam-se de crianças excessivamente impulsivas e incapazes de prestar atenção.
Quando são pequenos tendem a correr e a trepar continuamente, e quando crescem mostram-se inquietos e nervosos. Em contraste com o nível de atividade que normalmente ocorre nas crianças, aqui a hiperatividade é descuidada, muito pouco organizada e carece de metas e de objetivos definidos. Esta é uma situação que pode afetar 3% de todas as crianças e é dez vezes mais comum em rapazes que em raparigas.
Ainda que uma criança com hiperatividade deseje ser um bom estudante, tende a serimpulsivo e incapaz de prestar a atenção devida nas aulas. Os professores, pais e companheiros sabem que a criança se está portando mal, ou que é diferente, mas não sabem exatamente o que corre mal. Mas por vezes, pode ser apenas que seja uma criança com demasiada energia, e que seja apenas um traço temperamento. Se o teste indicou isso mesmo, tente o teste de personalidade para crianças para comprovar.
http://pt.testsworld.net/teste-como-saber-se-o-seu-filho-e-hiperativo.html

SÍNDROME DE TOURETTE NO MAIS VOCÊ (ANA MARIA BRAGA)

Lista de Síndromes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta é uma lista de síndromes:

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